sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Lugar algum


O balanço na praça vazia espera que o faça parar...

Você é apenas uma criança.

Sou sua única companhia e nunca vou deixar você.

Posso ser aquele erro cometido ontem,

eu estarei aqui como o que você menos precisa,

mas vou estar aqui.

Não chore...

Enquanto o vento dança entre seus cabelos,

e a chuva repousa lenta no que ainda resta.

Não chore...

Sou seu controle, enquanto ainda respira neste mundo onde

a vida é uma injustiça.

Farei você parar de manchar seu doce rosto com esse sangue,

que chora incansavelmente...

Eu estarei aqui, e não serei sempre tudo que você cometeu.

Não precisamos contar pra ninguém

Veja meu rosto no espelho,

Criança, aqueci meu amor por você enquanto repousamos

secretamente em nuvens de ninar.

Você cansou de dizer palavra que ninguém entende

Mas eu estou aqui vivendo para você

como uma mentira para que você não fuja.

como sua mente dando á você alguém com quem conversar.

Não chore...

Vejo em seus olhos que está assustada em encarar a realidade,

Mas eu estarei aqui, como o seu sorriso,

Oh, pobre coisa doce e inocente,

Não negue

Quis seu sacrifício. Pois eu o serei,

apenas como o tudo que você precisa mas o que você não merece

Apesar de não ter ninguém para te salvar de si mesma

Eu estarei aqui nas cicatrizes de seus pulsos,

Na sua dor mais profunda.

Eu estarei aqui como sua fraqueza grande demais

para pagar pelo que cometeu.

Como nuvens chuvosas que serão

o motivo de sua infelicidade, mas eu nunca

deixarei que você confunda as verdades e as mentiras,

Você jamais poderá fugir de verdade,

eu assusto você mas não vou vou deixar você me abandonar

como um brinquedo quebrado, porque

Sou a mentira dando algo que você não pode negar

Apenas, não chore...

Ainda posso te ouvir sussurrar...

Eu estou aqui e não irei a lugar algum.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

intransponível


Estou presa no outro lado da porta.
Tento ultrapassar com glória estas barreiras
mas essa ressonância desprezível do silêncio está na minha cabeça
e não sinto mais nada. Este monstro ainda me chama pelo nome,
então, quero permanecer aqui, onde sinto
estes sorrisos secretamente ironicos,
onde o orvalho ainda repousa frio sobre minha pele
e posso profanar livremente estas flores de papel.
Mas eu ainda sei o que há por trás da realidade, meu coração envolveu-se injustamente em uma troca pelo mundo real.
Sendo assim, terei que construir meu próprio mundo para poder escapar.

domingo, 23 de agosto de 2009

Depoimento


Tenho dedicado minha vida à tentatíva inútil

de arrancar esse coração podre do meu corpo morto

pq não quero mais viver como se interpretasse minha

suposta morte. O pior é que não vou acordar pelo

fato de que esse sentimento não é um pesadelo.